Pov' Lua
Já eram quase uma hora de manhã. Davi tinha resolvido afogar suas mágoas bebendo, ele acabou bebendo demais e capotando no sofá de tanto cansaço. Silenciosamente fui até ele e procurei por seu celular, já que o meu tinha sido drasticamente deixado na casa da Mel. Puxei-o do bolso traseiro de sua bermuda, com um pouco de dificuldade já que se mexia constantemente. Corri para o banheiro e tranquei a porta. Disquei o número da casa do Arthur e em questão de segundos ele atendeu.
- Ligação on -
- Alô! - Arthur disse, um pouco desesperado.
- Arthur, sou eu. - Disse, sussurrando, apesar de saber que Davi não acordaria.
- Lua? Onde você está, pelo amor de Deus Lua, cadê você? - Ele perguntou, deixando bem claro seu nervosismo.
- Arthur, o Davi me sequestrou eu to presa. Me ajuda por favor.
- Onde vocês estão? Você sabe?
- Eu sei que é uma casa com um muro branco, portão preto, três casas depois de um mercadinho chamado Sol.
- Eu vou te achar Lu, me espera.
- Me promete uma coisa?
- Qualquer coisa meu amor.
- Isso pode ser perigoso, venha com a policia, não tente dar uma de super herói.
- Tudo bem... mas me responda uma coisa... Ele tentou alguma coisa com você? - Perguntou, apreensivo.
- Depois nós conversamos sobre isso.
- Me responde Lua.
- Depois, ok? Agora vem logo, eu estou com medo.
- Ok. Te amo.
- Te amo.
- Ligação off -
Saí do banheiro e vi que Davi ainda dormia. Coloquei seu celular no bolso e sentei no chão, tentando inutilmente dormir. Fiquei por um bom tempo com os olhos fechados, pensando. Só fui olhar em volta quando Davi começou a se movimentar constantemente, dando indícios de que iria acordar. Lentamente pude ver seus olhos se abrindo.
- Lua? - Ele perguntou, com a voz meio enrolada. Merda, ele deveria dormir até o Arthur chegar.
- Oi. - Falei. Ele se levantou e se aproximou de mim. Me dava nojo aquele cheiro de bebida impregnada em seu corpo, em suas roupas.
- Lu... eu te amo. - Ele me puxou e tentou me beijar. - Não foge de mim. - Falou e segurou meu rosto. Com força conseguiu me beijar, eu tentava a todo custo me afastar, mais não conseguia devido a sua brutalidade.
Me encostou no chão e apertou meus seios por cima da blusa, com força. Eu nem ao menos conseguia chorar, não conseguia acreditar que estava acontecendo aquilo de novo. Baixou meu short e minha calcinha, tentou me deixar exitada massageando meu clitóris, mais como não adiantou nada, se preparou para me penetrar. Em segundos de consciência ele se afastou.
- Droga, eu não consigo fazer isso com você. - Falou, se levantando e se vestido. - Eu te amo demais pra isso. - Falou e correu para o banheiro. Chorei um pouco, mais respirava mais aliviada.
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