- Eu estava realmente com medo de você não conseguir vim. - Micael disse após ver que Sophia tinha recuperado o folego. Ela havia corrido até a rua para que seu pai não pudesse a impedir de ir para a tal festa.
- Eu iria ficar possessa de raiva se não viesse. - Micael riu.
- Sei que sim. - Observou a roupa de Sophia e ficou sem fala alguns minutos. Ela estava definitivamente linda, um vestido tomara que caia com um salto alto e um olho bem preto. - Você está linda, Sophia! - Ela sorriu sem graça.
- Brigada Micael. Você também está. - Ela abaixou o olhar. - E pra falar a verdade está muito cheiroso também. - Ela passou o nariz pelo pescoço do moreno, arrepiando os pelos de seu corpo.
- Você também tá muito cheirosa. - Falou a puxando para mais perto e dando um beijo na ponta de seu nariz. Sophia estranhou mais não reclamou. Ele costumava beijar sua bochecha ou sua testa. A loira o abraçou pela cintura de lado e ele passou o braço por seus ombros. Micael sabia que Sophia estava aflita, por ser a primeira vez que fugia de casa.
- Eu to com medo, Mica. - Falou baixinho.
- Eu sei que está, mais não precisa ter medo, eu estou com você e nada vai acontecer. - Falou e ela respirou calmamente. Micael fazia carinho em seu braço.
- Promete?
- Prometo sim.
- Brigada Micael, brigada por tudo, tudo mesmo! - Falou e abraçou o moreno. Mica na verdade resolveu ficar calado. Logo se separaram e Sophia afastou-se um pouco dele. No rádio do táxi tocava uma música baixinha e um tanto quanto agradável. O taxista dirigia o tempo todo calado e Sophia e Micael não pronunciaram mais nenhuma palavra. Ela pensava em seu pai e qual seria sua reação se descobrisse que ela fugira de casa. Já Micael pensava na surpresa que faria para Sophia esta noite, formulava suas frases e acreditava que seria o momento mais perfeito de toda sua vida. Depois de 15 minutos em total silêncio finalmente chegaram ao seu destino. Mica pagou o taxista, por mais que Sophia tivesse insistido para pagar a metade, ele não deixou. Os dois entraram e logo de cara Sophia encontrou Lua.
- Amiga! - Sophia a abraçou.
- Finalmente vocês chegaram. Pensei que não viessem mais. - Falou e cumprimentou Micael com um sorrisinho disfarçado no rosto. Sophia começara a puxar algum assunto qualquer com Lua e Mica logo foi atrás de Arthur ou Chay, que também já estavam lá. As duas garotas conversavam entusiasmadamente e constantemente estavam rindo. Logo resolveram ir para o bar e pediram uma bebida mais leve. Conversaram por mais alguns minutos e foram dançar. Logo Lua achou um par e Micael puxou Sophia pela cintura. Ela sorriu quando viu o amigo, mas mesmo assim continuou a dançar. Pôs as mãos no pescoço dele e desceu o corpo sensualmente levando o moreno a loucura.
- Eu queria falar com você! - Ele sussurrou no ouvido dela e mordeu o lóbulo de sua orelha. Sophia estremeceu com a ação do amigo. Ela parou de dançar e ele a puxou pela mão até um canto com menos gente. Mesmo que fosse um pouco difícil por ali.
- O que aconteceu? - Ela falou um pouco mais alto devido a música. Ele olhou aflito para Sophia e mordeu o lábio. Sem que pronunciasse nenhuma palavra puxou a amiga para mais perto e colou seus lábios aos dela. Sophia sentiu borboletas fazerem festa em seu estomago e ficou meio perdida no inicio de beijo, pela surpresa, mais logo acompanhou o ritmo do beijo. Isso nunca acontecera entre ela e Micael, ela achara errado, mais estava adorando o beijo, que depois de alguns minutos foi quebrado com vários selinhos. Micael observou os lábios de Sophia, que estavam um pouco mais avermelhados que o normal.
- Érm... - Micael coçou a nuca sem saber muito bem o que dizer. De longe Lua, Arthur, Mel e Chay olhavam tudo. Sophia estava ainda um pouco estática e surpreendentemente feliz, mais resolveu deixar isso de lado.
- Micael, isso não pode se repetir. - Falou e saiu correndo daquele lugar, deixando Micael sozinho e com cara de taxo. Micael foi atrás dela, desviando de várias pessoas e quando finalmente achou que fosse alcança-la ela entrou dentro do banheiro. Ele bufou e encostou-se na parede cruzando os braços e esperando que ela saísse de lá para que os dois pudessem conversar.
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