Micael chegou ao bar e pediu ao bar Man a dose mais forte de bebida que ele tinha. Prontamente ele foi busca-la e logo Arthur chegou para falar com ele. Micael estava furioso.
- Calma cara, beber não vai adiantar nada. - Arthur falou com calma e Micael respirou fundo para não ser grosso com o amigo. Ninguém tinha a total dimensão do tamanho de seu amor por Sophia, só ele mesmo. Nem ela havia se tocado.
- Arthur, hoje se eu não sair bêbado daqui é capaz de eu me matar. Eu só posso ser muito idiota mesmo? Eu disse para ela com todas as letras que eu gostava dela, eu deixei bem claro que eu queria ficar com ela, que eu queria namorar ela. E sabe o que ela disse? Que era uma ilusão minha, que eu estava me precipitando. Porra, eu amo essa garota praticamente desde quando eu a conheci. Eu tenho certeza de todos os sentimentos que eu tenho por ela. Eu sou muito burro mesmo para amar uma garota que não tá nem aí para mim. - Arthur ouvia atentamente tudo que Micael tinha a dizer para que depois pudesse dar algum conselho digno, mais estava tudo muito complicado.
- Eu sei que é difícil, mais ela te ama Micael. Ela só não percebe. Dá pra ver quando ela te olha, quando vocês estão juntos, pelo jeito ela te trata. Só que ela não admiti, você precisa conquista-la, você precisa mostrar para ela que o que ela sente não é apenas amor de amigo.
- Você fala como se fosse muito fácil né. Se em anos de amizade ela nunca percebeu o que sente por mim, não vai ser agora que ela vai perceber. Até por que depois de hoje não tem quem me faça acreditar que a Sophia me ama sem ser como amigo. Eu sou muito burro.
- Cara, só não faça hoje o que possa te trazer arrependimento amanha. - Arthur deu dois tapinhas nas costas do amigo e saiu o deixando sozinho. Ele pegou sua bebida e deu um longo gole. Seus olhos passeavam por aquele local a procura do corpo que ele tanto desejava ter para si. Não encontrou. Deixou seu copo pela mesa e foi para a pista de dança a procura de alguém que dançasse com ele. Bonito como era não demorou muito para que um rabo de saia chegasse nele. Enquanto Micael tentava a todo custo tirar Sophia da cabeça ela ainda estava no banheiro com Lua, ela agora retocava sua maquiagem, na verdade, ela passava a maquiagem novamente, pois ela já tinha ido embora por completo.
- Já tá bom Soph, vamos. Os garotos vão começar a se preocupar conosco. - Sophia se olhou no espelho mais uma vez e deu um breve sorriso para a amiga. As duas saíram do banheiro e foram andando a procura de alguém. Sophia olhava o tempo todo para frente até que parou de andar, não tinha reação nenhuma e olhava apenas para aquele ponto. Lua direcionou seu olhar para onde Sophia apontava e viu Micael aos beijos com uma garota alta, branca e com os cabelos curtos e escuros.
- E-eu... - Sophia tentou dizer alguma coisa, mais não conseguiu. Raramente via Micael ficando com alguma garota, ela não gostava de ver, mais dessa vez a afetou mais do que qualquer outra. Algumas lágrimas embaçaram sua visão novamente, só que antes que pudesse "cair" no choro novamente, Lua a puxou para bem longe dali e sem que nenhuma palavra fosse dita, abraçou a amiga.
- Eu vou te levar para a casa! - Lua disse enquanto ligava para o táxi e dizia o endereço. Logo ela desligou e Sophia respirou fundo limpando algumas lágrimas que insistiam em querer descer por sua face.
- Não precisa, você veio para aproveitar, não quero que perca a festa por minha culpa. E Lu, não briga com o Micael, ele está mais do que certo em ficar com outras garotas, eu não o quis e esse é o preço que eu tenho que pagar por isso. - Lua segurou sua vontade de dizer que ia falar algumas verdades para o Micael. Ela respondeu um "Tudo bem, mais eu vou com você" baixinho e as duas calaram-se. Minutos depois a táxi chegou e eles entraram. Sophia explicou onde era sua casa e Lua pegou seu celular e enviou uma mensagem para Arthur que dizia "Tive que levar Sophia para casa, depois de explico o motivo. Não vou voltar para a festa, não tenho mais saco para isso hoje, desculpe. Depois nós conversamos direito, beijos." Lua guardou o celular dentro de sua bolsa e o único barulho que ela e Sophia podiam ouvir agora era o do rádio que tocava uma música aleatória. Sophia disse para o taxista parar o carro um pouco longe da porta da casa e eles chegara.
- Tchau Soph, fica bem. Beijos. - Lua falou e as duas se abraçaram, despedindo-se. Sophia seguiu lentamente até sua casa. Chegou até a janela de seu quarto e entrou silenciosamente.
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