Pov' Lua
Acordei sentindo minha cabeça pesada, uma dor de cabeça infernal. Senti alguns braços me agarrando e imaginei que fosse só minha imaginação mesmo. Abri os olhos lentamente e vi os braços me rodeando e eram de Arthur. Dei um salto na cama assustada.
- O que você tá fazendo aqui? - Perguntei realmente surpresa. Onde eu estava, por que eu estava com ele, por que eu estava nua. Omg, eu estou nua.
- Você não lembra? - Ele perguntou calmamente e se espreguiçou. Eu neguei com a cabeça desesperada. - Eu lembro pouca coisa mais eu lembro. - Respirou fundo e observou minha cara de espanto. - A gente bebeu e transou, só me lembro disso.
- Ai meu Deus, como eu pude transar com você. - Eu andava de um lado pro outro com um lençol enrolado no meu corpo. - Você usou camisinha? - Perguntei preocupada, só o que faltava pra foder minha vida completamente era um filho,
- Hmm... - tremi. Ele olhou para o chão e apontou. - Acho que sim. - Olhei para o mesmo canto que ele e vi jogado no chão um preservativo usada. Minha respiração ficou automaticamente mais calma. - Ia ser tão ruim assim ter um filho meu?
- Ah Arthur, por favor, não venha com essas historinhas pra cima de mim, você acabou comigo e fim. Eu não quero mais nada com você, e que fique bem claro, ter um filho, independente de ser com você um com qualquer outro seria péssimo.
- Você sabe que eu ainda te amo, e eu sei que você ainda me ama também. - Ele se levantou da cama e aproximou-se de mim. Eu apenas me afastei de comecei a vestir minha roupa. - Tá recusando meu beijo?
- As coisas não são tão simples quanto você pensa. Tá achando que esse tempo separado foi fácil pra mim? Não Arthur, não foi. Todos ao meu redor tinham pena de mim, eu não aguentava mais chorar todas as noites, escondida, eu lutei pra conseguir superar tudo o que aconteceu, eu lutei pra conseguir ir a uma festa onde você estava sem estar ficar muito abalada ou desisti antes mesmo de chegar. - Ele se encolhia a cada palavra que eu dizia, como se saber que eu tinha ficado triste também o deixava triste. - Eu não vou mentir pra mim mesma, se eu dissesse que não te amo eu estaria tentando me enganar, eu não quero isso, eu assumo, eu ainda te amo, amo loucamente, amo tanto que o tempo que eu estou acordada eu estou pensando eu você, mas você me magoou muito, muito mesmo, então não vá achando que só por que transamos que tudo vai ficar bem, que é só soltar uma cantada, ou um "eu te amo" que vai derreter meu coração, eu aprendi a ser forte, mais do que você pensa. - Ele ouviu tudo atentamente, sua expressão ficava a cada momento mais triste.
- E você acha que foi fácil pra mim? Acha que foi fácil fingir pra todos que eu estava normal, que nada estava me abalando, que minha vida seguiu em frente como se nada tivesse acontecido, mais na verdade, aqui dentro... - Bateu a mão no peito, especificamente no lado do coração. - eu estava acabado, eu estava com saudades de você, eu sentia sua falta. Você tá sendo egoísta, você só tá vendo seu lado. Mas se é assim que você quer, okay. - Ele começou a vestir as suas peças de roupa que estavam jogadas no chão.
- Não faça com que eu sai a vilã dessa história, não bote a culpa de tudo isso em mim. Você tá sendo ridículo
- Quer saber Lua, foda-se. Você já tá me cansando, quer que eu assuma a culpa? Okay, é tudo culpa minha. Agora tchau. - Ele saiu caminhando até fora do quarto e bateu a porta.
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