Web Other Directions - Capitulo 61

Pov' Arthur

Cheguei em casa um pouco antes do que o normal. Estava tudo silencioso e nenhum sinal de Adriana era visto pela casa. Aproveitando o clima de paz que se instalava dentro da minha casa, deitei no sofá calmamente. Fiquei deitado por alguns minutos no completo silêncio até escutar alguns ruídos vindo do quarto de hóspedes, onde Adriana dormia. Resolvi ir até lá para ver se ela estava no quarto. Quando cheguei, pude ver e ouvir que ela falava no telefone e resolvi ficar caladinho e escutar a conversa, que me parecia instigante, já que ela falava quase sussurrando.

- Ele não vai descobrir nunca... - Ok, ele quem? Descobrir o que? - Mas vai se parecer comigo, então ele não  vai desconfiar! - Ela disse um pouco alterada. - Para de ser pessimista, isso vai dar certo... Você queria que eu criasse meu filho sem o pai? - Como assim sem o pai? - Não foi uma mentira ridícula. Se tivesse sido ridícula o Arthur nunca acreditaria que o pai dessa criança era dele. - Tremi, então o filho que ela esperava não era meu?! Resolvi tirar essa história a limpo na mesma hora.

- Quer dizer que esse filho não é meu? Você mentiu para mim até agora Adriana... eu não acredito que eu fui tão burro em acreditar no que você disse. - Gritei e pude vê-la se encolher.

- Vo-você entendeu errado Thur. Esse filho é seu sim.

- Mentira! Eu escutei toda a sua conversa, não adianta mais tentar enganar o idiota aqui. - Minha voz saia completamente exaltada mais eu não conseguia me controlar tamanha era a raiva que eu sentia nesse momento. Ela tinha feito eu passar o pior mês da minha vida, longe da mulher que eu amo por causa de uma mentira.

- Tudo bem, eu confesso, eu menti. Mas eu menti por amor Arthur, por amor. A Lua não te amava, você ia acabar sendo chutado. Só que tem te merece sou eu, você é só meu Arthur. - Adriana gritou, mostrando para mim a víbora que ela sempre foi.

- Você é podre. Eu sempre fui de uma só mulher e ela se chama Lua. Agora vai embora dessa casa, eu não quero ver tua cara nunca mais, vadia.

- Você não tem o direito de me ofender. E eu vou embora sim. Depois eu peço para alguém vir pegar minhas roupas. - Ela falou e saiu correndo, bateu a porta. Apesar de raiva que eu sentia de Adriana, o maior sentimento dentro de mim agora era a esperança. A esperança de poder ter a Lua de volta para mim, minha e só minha.