Pov' Lua.
Depois de pegar minha bolsa fui para casa sem nem ao menos querer olhar na cara do Arthur. Qual é, ele entrou na banheiro sem eu obriga-lo e a culpa é minha?! Eu até assumo que eu queria aquilo tanto quanto ele, mais porra, a culpa maior é dele, e foda-se se ele não acha isso. Assim que cheguei em casa tranquei a porta, joguei minha bolsa no chão e me deitei no sofá. Depois de cinco minutos comecei a ficar inquieta pensado no sermão que eu levaria da minha mãe, mas logo meus pensamentos foram interrompidos pela campainha tocando. Ela voltou para casa mais cedo para brigar comigo e esqueceu a chave. Fodeu. Respirei fundo e abri a porta, acabei encontrando Arthur parado lá. Minha cara não foi uma das melhores, pode ter certeza.
- Oque você tá fazendo aqui, Aguiar?! - Perguntei brava. Era só o que me faltava.
- Lua, pelo amor de Deus, você vai ficar com raiva de mim? - Ele tentou entrar dentro de casa mais eu o impedi.
- Não queridinho, eu não vou ficar com raiva de você. Eu já estou com raiva de você! - Falei ironicamente. Ele me olhou bravo.
- A gente precisa conversar! - Ele falou respirando fundo.
- Depois a gente conversa, eu ainda to com muita raiva de você. - Disse me controlando um pouco.
- Eu quero conversar contigo agora! - Falou autoritário.
- Você só vai fazer com que eu fique com mais raiva do que eu já estou. É melhor você ir, depois nós conversamos, só que feito gente de verdade.
- Eu não queria sair daqui brigado com você, amor! - Falou dengoso, sedutor barato. Mais dessa vez não vai colar.
- É Arthur, mais nós nem sempre temos tudo que querermos e na hora que queremos, acostume-se.
- Nossa, tá difícil hoje viu.
- Tchau Arthur, tchau! - Falei e fechei a porta em sua cara. Ele não pareceu insistir, já que a campainha não foi tocada mais nenhuma vez. Pelo menos isso né.
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