Web Just Friends - Capitulo 25





Pov' Sophia

As pessoas foram indo embora e a casa foi se esvaziando, até que só sobrou eu, Micael e a bagunça por toda a casa. Tinham papéis, copos, tudo jogado pelo chão. Sem contar na sujeira que estava.

- Me diz que você não vai querer limpar isso aqui hoje?! - Micael perguntou, quase suplicando. Eu não limparia agora, estava muito cansada, mais resolvi brincar um pouco com ele.

- Porque? Você acha mesmo que eu vou deixar a casa nesse estado? - Fiz cara de ofendida.

- Você pode limpar amanha... vamos para o quarto, por favor. - Ele implorava e eu me segurava para não rir. Eu nunca limparia a casa a esta hora da noite. Além de estar tarde, eu estava muito cansada. - Por favor Sophia... vamos para o quarto! - Eu não me aguentei mais e soltei uma alta gargalhada. Ele me olhou surpreso... sem entender a situação.

- Eu estava brincando com você, bobão... Lógico que eu não vou arrumar a casa a essa hora. - Ele se mostrou indignado.

- Ah, você tava me zoando?! - Perguntou, tentado mostrar uma falsa seriedade, mais ele não conseguia esconder que estava apenas brincando com a situação. Assenti com a cabeça enquanto ele se aproximava de mim com malicia. Minha expressão era de falsa inocência. Ele parou de andar quando só tinha alguns poucos centímetros entre nós dois. Ele encarava meus olhos e as vezes desviava a olhar para minha boca.

- Você está mesmo tão carente? - Arqueei as sobrancelhas. Nós esbanjávamos de segundas, terceiras e até quartas intenções. Ele não me respondeu. Seus braços puxaram delicadamente minha cintura, grudando mais ainda nossos corpos. Seus lábios tocaram os meus lentamente. Seu beijo era intenso, e seus toques em meu corpo mais ainda. Nós fomos para o meu quarto com urgência, perdendo um pouco de tempo ao abrir a porta trancada. Nossos corpos clamavam um pelo outros, nossas bocas eram como um imã. E depois de uma noite de amor, nós dormimos abraçados na cama, ou melhor... dormimos de conchinha.

[...]

Acordei com a respiração de Micael batendo no meu pescoço, o que me causou arrepios instantâneos. Me virei com um pouco de dificuldade, já que seis braços me seguravam com firmeza. Passei a dar beijinhos no seu pescoço e no seu maxilar para acorda-lo. Lentamente ele abriu os olhos e um sorriso também.

- Acordar assim é bom demais! - Ele me deu um selinho. 

- Acordar com você ao meu lado que é bom demais! - Afirmei e ele me deu outro selinho. - Está com fome? - Perguntei, pois minha barriga roncava, e eu não sei como ele não escutou. 

- Muita! - Nós nos levantamos. Eu fui ao banheiro e Micael me esperou. Quando saí fomos juntos até a cozinha e eu preparei nosso café da manha. Comemos tranquilamente e quando terminamos arrastei Mica para me ajudar a arrumar na sala. Quando finalmente estava tudo organizada por lá, Micael resolveu ir embora. Nos despedimos e eu me joguei no sofá, apenas por alguns minutos já que eu teria que arrumar o quarto do meu pai e tirar alguns móveis que ainda tinha lá e coloca-los na sala. Assim que me levantei, ouvi a porta da sala ser aberta e alguns passos adentraram em casa. Meus olhos saltaram quando eu vi meu pai. Ele observou a falta de móveis na sala.

- O que aconteceu aqui? - Ele perguntou bravo. Eu hesitei, não tinha o que responder. Meu corpo beirava o desespero. Eu já tremia. Ele foi até a cozinha e encontrou os restos de bebida na noite anterior. Checou o e comprovou suas hipóteses. - Você deu uma festa, Sophia? 

- Sim! - Respondi, tirando coragem de sabe-se lá de onde.

- E você ainda tem a cara de pau de responder assim? Você está de castigo, arrume a casa e para o seu quarto agora. Irei comprar suas passagens, não quero você morando aqui, irá terminar a escola em um colégio interno. - Falou autoritário e nessa hora, não pude conter minha raiva.

- Não! - Gritei.

- Não o que? - Ele gritou novamente, na tentativa de me intimidar, mais dessa vez não deu certo.

- Eu não vou para um colégio interno, eu vou continuar aqui. Eu tenho 18 anos agora, eu faço o que eu bem entender, você não pode mais mandar em mim! - Meu corpo tremia e ele parecia cada vez com mais raiva.

- Você mora na minha casa, você obedece as minha regras, você vai e ponto. 

- Eu não moro mais aqui, então. Vou arrumar minhas malas! - Saí correndo e ele veio atrás de mim. Eu entrei no meu quarto e peguei uma mala.

- Você pensa que vai para a onde? Vai se sustentar como? Eu não irei mais te dar dinheiro! - Ele me ameaçou.

- Como eu já disse, tenho mais de 18 anos e posso muito bem arranjar um emprego e me sustentar sozinha. - Comecei a socar todas as minhas roupas dentro da mala, e em poucos segundos todas as roupas do guarda-roupa e da gaveta já estavam dentro da mala. Ele bufou.

- Se é assim que você quer... mais saiba que nunca mais será bem vinda nesta casa, nunca! - Ele gritou e saiu de casa, batendo a porta. Ouvi o barulho do seu carro saindo e tentei ser o mais breve possível. Guardei objetos pessoais, roupas intimidas, livros, cadernos. Tudo dentro da enorme mala. Quando não tinha mais nada meu dentro do táxi, liguei para o táxi e desci as escadas para o esperar lá fora. 

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