Web Other Directions - Capitulo 15

Pov' Lua

- Então... nossa aposta ainda está de pé, não está? - Perguntei, quebrando o silêncio. Ele parecia meio incomodado desde a hora em que eu falei de como eram as coisas antigamente.

- Do Chay com sua amiga? - Eu assenti. Como se tivesse outra... - Claro, não vejo a hora de você perder. - Fiz careta. - Qual é, você acha mesmo que ele vai se apaixonar?

- Eu irei fazer de tudo para eles se apaixonarem!

- Boa sorte. - Olhou para mim, com um sorriso divertido. Nós estávamos no carro indo para sua casa. O rádio tocava uma música baixinha e agradável. - Posso te perguntar uma coisa?

- Claro! - Sorri, um pouco curiosa.

- Por que você precisa tanto de dinheiro? Eu não consigo entender!

- Eu... eu não quero falar sobre isso.

- Tudo bem! - Ele ficou calado e eu respirei fundo. Eu não gostava de contar para as pessoas o que passava, eu não queria que elas sentissem pena de mim ou da minha tia. Por isso só quem sabia o motivo de eu precisar tanto de dinheiro eram a Sophia e a Mel. - Desculpe se fui indelicado.

- Uhum. - Falei, com o rosto fechado. Qual é, independente de qualquer coisa, nós nem nos conhecíamos a tanto tempo pra ele querer saber os motivos de eu estar tão necessitada de dinheiro.  Ele dirigiu até sua casa, o tempo todo calado, e eu não fazia a minima questão de acabar com aquela clima "tenso" que estavam entre nós. Minha cara não era uma das melhores, e ele percebia muito bem que eu não tinha gostado. Chegamos em seu apartamento e eu fui andando até a cozinha. Ele me seguiu.

- Sério que você vai ficar com raiva por causa de uma pergunta? - Sua voz já parecia alterada. O que eu não gostei nem um pouco. - Perguntar não ofende, Lua.

- Nós não nos conhecemos a muito tempo para você chegar fazendo perguntas pessoais... se fosse para você saber, eu teria falado antes, porra! - Bufei.

- Eu não sabia, merda! - Se aproximou de mim. - Se você pensa que eu vou pedir desculpas, você está muito enganada. - Gritou.

- Eu não quero as suas desculpas ridículas, Aguiar. - Gritei. Nós estávamos próximos, perigosamente próximos. Eu estava para pular no seu pescoço de tanta raiva que eu sentia.

- Quer sim... se não quisesse, não teria feito essa tempestade num copo d'água. Pelo amor de Deus, garota, foi só uma pergunta.

- Você tá pensando o que? Eu não sou nenhuma dessas novinhas que tu pega por ai, apesar de eu tá aqui, você tem que me respeitar.

- Você está agindo como uma garotinha. - Falou com deboche.

- Vamos ver quem é garotinha aqui! - Empurrei-o até a parede com força, e beijei-o intensamente.