Pov' Sophia.
Acordei me sentindo estranhamente bem, segura. Respirei fundo e senti o perfume maravilhoso de Micael. Seus braços envolviam minha cintura e um fino lençol cobria nossos corpos nus. Sua respiração era calma e batia no meu pescoço e ombro. Desvencilhei-me de seus braços e fui andando pelo quarto. Vesti minha calcinha e um sutiã. Coloquei um short jeans e uma blusa. Escovei meus dentes e ajeitei meus cabelos, aproveitando para lavar o rosto. Fui até a sala e peguei as peças de roupa que estavam jogadas no chão. Voltei para meu quarto e Micael já se vestia.
- Boom dia! - Falou e depositou um selinho em meus lábios.
- Bom dia príncipe! - Guardei meu vestido e entreguei para ele algumas peças das suas roupas. - Com fome? - Abracei ele.
- Muita! - Beijou minha bochecha.
- Então vamos comer. - Falei e o puxei pela mão. Fomos até a cozinha e preparei dois sanduíches. Comemos junto com um suco de laranja que tinha na geladeira. Coloquei as louças sujas na pia, lavaria depois. Fomos até o sofá. Eu sentei entre as pernas de Micael, e apoiei minha cabeça em seu peitoral. - Como vão ser as coisas... a partir de agora? - Perguntei insegura.
- Que coisas?
- Nós dois. - Suspirei.
- Você que namorar comigo?
- Isso é um pedido formal? - Arqueei as sobrancelhas. Meu coração acelerou naquele momento, e eu pedia a Deus para que não desse para Micael ouvir. Ele se levantou e se ajoelhou no chão.
- Senhorita Abrahão, você aceita namorar comigo? - Eu gargalhei.
- Claro que eu aceito, meu amor. - O puxei. Ele se sentou ao meu lado rindo um pouco - Eu te amo. - O puxei para um beijo. Que logo foi quebrado e substituído por um forte abraço.
- Eu te amo. - Ficamos abraçados até que ouvimos um barulho vindo da porta. Meus olhos se arregalaram quando vi meu pai passando pela porta. A feição dele fechou quando viu Micael ao meu lado. Eu peguei na mão de Micael e nos dois nos levantamos.
- Pai, esse aqui é o Micael, meu... - Ele me cortou.
- Sophia, eu quero falar com você no meu escritório, agora! - Foi frio, e até um pouco grosso. - Acho melhor seu... acho melhor ele ir para casa! - Micael olhou para mim um pouco assustado.
- É melhor eu ir mesmo... tchau! - Saiu rapidamente, sem nem se despedir direito de mim. Mas eu não o culpava, meu pai era assustador quando queria. Até quando ele não queria, assustava as pessoas.
- Eu não quero saber de nenhum envolvimento seu com esse moleque.
- Mas pai... eu o amo! - Gritei. Ele nunca me separaria do Micael, nunca. Eu já havia sofrido demais por ele. Já havia esperado demais.
- Se eu souber que você está namorando ele, ou qualquer outra coisa, mandarei você para um colégio interno, para um curso fora do país, qualquer coisa bem longe desta cidade, estamos entendidos Sophia?! - Lágrimas já rolavam por meu rosto e eu sai pisando forte até meu quarto.
Fechei a porta com força e tranquei. Deitei na minha cama, libertando o choro.
posta mais ..
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