Web Other Directions - Capitulo 25




Pov' Lua

- Calma Lua. Eu tenho certeza que ela foi para um lugar melhor. - Mel me consolava e eu só sabia chorar. A dor que eu sentia era tão forte, que se alguém me espancasse seria menos doloroso. Melanie também segurava as lágrimas, afinal, ela era muito apegada a minha tia avó também. Nós tínhamos acabado de receber a noticia de que minha vó tinha falecido.

- Eu...  eu vou sentir tanta falta dela. - Falei com certa dificuldade. - Ela era minha família, era tudo que eu tinha nesse mundo, nessa vida. - Mel se calou. Nós ficamos abraçadas.

[...]

Alguns dias tinham se passado e hoje era a missa de sétimo dia da minha avó. Eu tinha viajado para uma cidade um pouco afastada onde eu poderia ter paz. Eu desliguei meu celular,  não avisei para ninguém para onde iria. Só quem sabia que eu tinha viajado era Mel e Sophia, então pedi para elas avisaram para Arthur apenas que eu tive que passar uma alguns dias foras, e depois eu explicaria para ele a história desde o começo. 
Assim que cheguei fui direto para o apartamento de Arthur com as minhas malas ainda, era domingo e com certeza ele estaria em casa. Cheguei lá e o porteiro deixou que eu subisse sem tocar o interfone. Cheguei no seu andar e toquei a campainha. Arthur abriu a porta e me olhou surpreso. Seus cabelos estavam bagunçados, estava com olheiras e usava apenas uma bermuda. 

- Lua? - Ele perguntou calmo.

- Tem alguma piranha ai dentro ou eu posso entrar? - Perguntei, tentando não soar tão ciumenta. 

- Onde você estava? Eu... eu fiquei preocupado com você. - Falou me puxando para um abraço forte. Sem segundas intenções, mas com aquilo ele deixava bem claro que tinha realmente sentido saudades de mim. - Você precisa me explicar isso direito... você sumiu, eu só tive noticias pela Melanie. Eu preciso saber o que está acontecendo. Você está abatida. - Ele disparou aquela fala.

- Calma... vamos por parte. - Falei entrando no apartamento e fechando a porta. Ele viu minhas malas, mas não perguntou nada, provavelmente entendendo que eu tinha acabado de chegar de viagem. - É muito complicado para mim te explicar isso, só quem sabe de toda essa história é a Melanie e a Sophia... 

- Mas eu precisa saber. - Ele disse baixo. Nós estávamos sentados no sofá.

- Eu sei que precisa, por isso vou te contar. - Respirei fundo, arranjando coragem aonde nem existia. - O motivo para eu precisar tanto de dinheiro era minha tia-avó, ela estava velha e gastava muito dinheiro, e recebia pouco do governo. Eu também não podia trabalhar o dia todo por causa dela, ela precisava de mim. Eu cuidava dela. Ela era a única pessoa dá minha família. - Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto. - Minha tia estava muito velha, e naquele dia que a Mel me ligou desesperada, era para avisar que ela estava no hospital. Depois de algumas horas o médico nos avisou que ela tinha falecido. - Arthur me puxou para um abraço.

- Me-meus pêsames. - Ele falou baixinho. - Vocês moravam juntas. - Eu assenti. - Eu... eu quero te convidar para vir morar aqui comigo então. Acho que aquele apartamento vai te fazer ficar triste. Por favor, não recuse meu convite. - Ele suplicou e eu passei a considerar aquele convite. 

- Depois nós conversamos sobre isso, okay?! Eu vou me arrumar para a missa de sétimo dia. - Me levantei. - Se incomoda de vir comigo? Não queria ficar sozinha. - Pedi.

- Vou sim... então vou me vestir também. - Falou e se levantou. Eu fui para o quarto de hospedes junto com a minha mala e ele foi para o seu quarto, também para se arrumar. 

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